Na vida a gente sempre se encontra em situações embaraçosas, como foi o meu caso quando estava hospedado em Rio Novo querendo fazer a praça de uma localidade vizinha há uns trinta minutos de trem. Chegando lá me hospedei numa pensão. Fui apresentado por um amigo e a dona do pequeno hotel por confiança me botou no quarto do coletor que estava viajando. Tinha uma pequena estante cheia de livros. Quis aproveitar para ler alguns. Como a lâmpada de 500 velas estava muito forte, tirei minha única camisa enrolando-a na lâmpada para diminuir a luminosidade, e foi ler tranquilamente. Quando percebi, a camisa estava pegando fogo, olhei e via as labaredas de elevando. Apaguei o fogo e tremi pelo risco de ter provocado um grande incêndio. Sempre tive sorte, a camisa queimou apenas a parte das costas, a frente estava intacta, dava para tapear e botar a gravata. O pior é que nada ganhei nessa praça e ao pagar a hospedagem gastei todo o dinheiro que tinha. Parti para a estação e tomei o trem de volta sem um tostão para pagar a passagem. Quando estava pensando no que iria fazer, chega a dona da pensão na janela do vagão e me pede para comprar um pão no Rio Novo e mandar pelo chefe do trem. Fiquei capitalizado, paguei a passagem. Em Rio Novo comprei o pão da mulher e agradeci a Deus que sempre me socorreu nas horas difíceis.
Obs: Igual ao filme “Uma Jogada do Destino”.
Imagem: http://www.globalframe.com.br
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